segunda-feira, 6 de abril de 2009

Suckerlove

Eu nunca fui do tipo de pessoa que precisava desabafar, nunca. Retraía todos os sentimentos para mim, abraçando-me só, não precisava de ninguém. Eu conseguia me reconfortar. Conseguia. Mas, dessa vez – talvez pelo fato de guardar tudo dentro de mim, a bomba finalmente explodiu – eu me senti sufocar e pela primeira vez ansiei pela morte. Eu não tinha pra onde correr, talvez eu estivesse fugindo de mim mesma, é o que eu sempre faço. Fuga. Fraca. Frágil. A verdade sempre dói, ela na maioria das vezes não é o que esperamos.

O nada está feito, não é? Sim. Ele está pronto. Aceita um cálice de sangue agridoce? Agora entendo a maldição dos vampiros. Aliás, nunca se ganha algo sem sofrimento como pagamento. Agradeça por ainda sangrar.

Epifanias são constantes agora, acho que vou enlouquecer.

Pela primeira vez na vida o muro que construí durante esses últimos anos desmoronou. Amor era algo que não tinha importância, minha fuga constante de tal sentimento insano acabou há mais ou menos seis meses. Eu havia caído na desgraça.

Eu pude sentir em mim essa mentira chamada amor. Sim, ele é uma mentira. Faz com que sejamos frágeis, é pior que qualquer doença que o debilite. Queria eu voltar a ser incapaz de amar.

Tudo não passa de desilusões; o amor é apenas um sentimento de posse, algo que está te matando por dentro pouco a pouco, e o pior: Você deixa com que façam isso. Vulnerável. É isso que tu te tornas.

Mas a vida é algo realmente injusta, faz de nós marionetes, quando ela se cansa, você se afunda. É aí que a dor vem. Ela espera, meses, dias, talvez até anos sem o tocar e você pensa ser livre, mas, é aí que ela volta para recomeçar com o show. Para depois de atirar num buraco, para poder rir mais uma vez.

Agora vejo o quanto fui tola. Planos. Juras. O sonho de um mundo feliz. Confesso que me vi feliz quando descobri que era como todos os outros. Eu pude ser capaz de amar. No começo, é... O começo. Tudo não basta de ilusões, quero eu voltar a ser cega. O amor definitivamente é o ridículo da vida.